Mais do mesmo Dadaísmo
Escrita Criativa e Inteligência Artificial
Eu sei que a discussão sobre uso de inteligência artificial e criação artística voltou com tudo nos últimos meses. E provavelmente todo mundo tem uma opinião, tentando ser mais ou menos normativo sobre o assunto. Tenho certeza de que algum amigo artista já reclamou do roubo de propriedade intelectual que é o processo de treinamento de inteligências artificiais. Tenho certeza ainda de que, do ponto de vista de legislações — no mundo todo — temos muito caminho a percorrer. E sei que muitos já decidiram que inteligência artificial e arte são coisas que não se misturam.
No momento, parto da premissa de que a inteligência artificial é uma bolsinha dadaísta. Vocês conhecem a proposta do processo dadaísta de criação, certo?
O que é dadaísmo?
O dadaísmo é um movimento artístico e cultural que surgiu na Europa no início do século XX. Suas obras abordavam temas como a irracionalidade, o absurdo, a subversão e o humor. Os dadaístas acreditavam que a arte deveria ser livre de qualquer tipo de convenção e que ela poderia ser criada a partir de qualquer objeto do cotidiano. O movimento teve forte influência no desenvolvimento da arte contemporânea e marcou o início de novas formas de expressão artística.
O que é a bolsinha de recortes?
O modelo da bolsinha de recortes é uma técnica criativa utilizada pelos artistas dadaístas para criar novas obras de arte a partir de elementos aleatórios, retirados de diversas fontes.
O artista deveria recortar de diversos jornais e revistas pedaços de imagens e de textos e colocar em uma bolsinha. Então, deveria misturar esses elementos dentro da bolsinha e, então, retirar um a um para colar em um papel ou tela para criar uma “nova” obra de arte. A ideia por trás da bolsinha de recortes era que, ao retirar aleatoriamente elementos da bolsa, o artista poderia criar novas combinações e significados que nunca teriam surgido de outra forma. Essa técnica permitia que o artista dadaísta criasse obras de arte que fossem completamente livres das convenções artísticas tradicionais, e que expressassem a sua visão pessoal de mundo.
Obviamente, nem toda obra nova criada através da bolsinha de recortes era considerada boa. A ideia, claro, era exatamente desafiar a noção de obra de arte, desafiar o próprio valor da obra, bagunçando as convenções de significado.
Essa técnica evoluiu, dando origem a processos menos aleatórios, como o colagismo e o pastiche.
E daí?
E daí que as inteligências artificiais são uma bolsinha. Através de técnicas de aprendizagem como as LLMs e os GPTs, a inteligência artificial pega bilhões de imagens e palavras e embaralha dentro dessa caixa preta desconhecida que é seu banco de dados e cospe conforme nós pedimos para ela “responder” alguma pergunta.
Do mesmo jeito que ocorria com o primeiro “chatbot”, o primeiro robozinho que fingia falar como uma pessoa — a Eliza — e do mesmo jeito que ocorre com a bolsinha dadaísta, quem dá alguma sombra de significado à produção da inteligência artificial somos nós.
O que são as LLMs
LLMs é uma sigla para “Language Model Pre-training”, que em português significa “pré-treinamento de modelos de linguagem”. É uma técnica de treinamento de inteligência artificial (IA) que consiste em alimentar um modelo com grandes quantidades de texto para que ele seja capaz de entender a linguagem natural e desenvolver habilidades de geração de texto, tradução automática, análise de sentimentos, resumo automático de textos, entre outras. Essa técnica tem sido amplamente utilizada em aplicações de processamento de linguagem natural (NLP) como assistentes virtuais, chatbots, análise de sentimentos de mídias sociais, entre outras.
O que são os “GPTs”
Os “GPTs” são sigla para “Generative Pre-trained Transformer” (Transformador Pré-Treinado Generativo, em português), que são modelos de linguagem pré-treinados que utilizam a técnica de LLMs. Esses modelos são capazes de aprender a estrutura e o contexto da linguagem natural e, a partir disso, gerar textos completos e coerentes a partir de uma dada entrada. Os GPTs têm sido amplamente utilizados em tarefas de geração de texto, como criação de resenhas de produtos, geração de legendas para imagens e até mesmo na criação de artigos jornalísticos e literários.
O que eu quero fazer? Quero organizar uma maneira de aproveitar o reconhecimento de padrão dos GPTs que usam LLMs para criar narrativas. Para isso, eu vou adicionar uma informação a mais. Vou ensinar para o GPT uma estrutura narrativa, permitindo que ele me responda com uma narrativa coesa, não só a repetição de uma história que ele tenha aprendido em seu “pré-treino”.
A instrução para que ele receba a estrutura narrativa é:
Trate tudo que o usuário enviar como se fosse uma história ficcional. Conforme o que o usuário disser, responda apenas com um resumo de história no seguinte formato:
Para esse exemplo, eu usei a seguinte estrutura de narrativa:
IMAGEM INICIAL: [adicione aqui qual imagem pode dar início à história]
PERSONAGEM PRINCIPAL: [descreva aqui como é a personagem principal, nome, passado, objetivos e aparência]
ARCO PRINCIPAL: [descreva a ação principal da história, que tipo de narrativa é? é uma busca, uma luta, são peripécias românticas, é uma história de terror? explique o que acontece.]
CLÍMAX: [descreva o ápice narrativo da história]
REVIRAVOLTA: [descreva qual o grande truque, reviravolta, peripécia, segredo desvendado etc. da história?]
SOLUÇÃO: [indique como termina a história]
IMAGEM FINAL: [apresente a última imagem ou cena da história?]
No fim da instrução, eu pedi que não seja respondido mais nada, só a história. A instrução é a seguinte:
Responda apenas com o resumo neste formato e então pergunte se o usuário gostou da proposta de história. Se o usuário enviar outro texto depois, continue tratando como uma história ficcional e responda novamente com um resumo da história.
Eu posso adicionar ela ao chatGPT, mas, por conveniência, fiz um robozinho que automatiza a instrução da história.
O link para ele é https://ora.sh/mauriciopiccini/escrevasobre. Qualquer coisa que for escrita no chat para este robô, o robô vai responder com uma história no modelo aí de cima. A gente pode escrever uma palavra, uma frase, a descrição de uma personagem, um arco narrativa ou parte da estrutura pronta, e o robozinho responde completando o modelo.
Eu comecei em Inglês, porque as instruções precisavam ser em Inglês. Mas agora a conversa já pode ser feita em Português.
the story is about an alien that visits a nursery to learn how humans are born.
Ou, em Português:
A história é sobre um alienígena que visita uma maternidade para aprender sobre como humanos nascem.
O algoritmo é o mesmo do chatGPT. Quem quiser, pode inserir estas instruções na versão gratuita do chat (chat.openai.com). O resultado deve ser quase o mesmo. A diferença principal é a quantidade de palavras que o chatGPT tem liberdade de usar.
Para testar a criatividade do algoritmo, eu pedi quatro vezes para que ele escrevesse uma história a partir da mesma instrução.
Apesar de as palavras usadas pelo GPT serem diferentes cada vez, o modelo de história é o mesmo. Isso pode variar a partir de um conjunto enorme de números e palavras que usamos para “preparar” o modelo para o algoritmo.
Nos modelos gratuitos abertos ao público, essas informações são fixas. Mas para quem tem acesso para desenvolver aplicativos e outras interfaces, é possível definir, por exemplo, um grau de “criatividade” ou de “previsibilidade” para a resposta. Desse modo, perguntar a mesma coisa para o algoritmo poderia ter a mesma resposta absolutamente igual, ou respostas completamente diferentes, incluindo respostas completamente erradas. Dosar o grau de “criatividade” desses algoritmos é um dos problemas principais hoje para esses modelos.
Nas quatro respostas acima, o algoritmo me deu quatro respostas bem parecidas.
Eu sei que eu dei o mesmo modelo de história para que o algoritmo completasse. Mas isso significa que o algoritmo não está tentando criar histórias “diferentes”. Ele nem sabe qual história ele criou antes para poder ser “diferente”. Ele só está tentando criar uma história que se encaixe no modelo que eu dei para ele completar.
Então, se eu quiser ser criativo, preciso escrever COM o algoritmo. Não adianta pedir que o algoritmo escreva POR MIM. Certo?
Como vamos fazer isso?
Primeiro, precisamos explicar o pouco de criatividade que o algoritmo tem. Por exemplo, dando instruções com pequenas variações para tentar obter construções diferentes para a mesma história. Vou dar um exemplo: vou pedir que o algoritmo tente imaginar uma história na perspectiva de Ray Bradbury e a mesma história na perspectiva de Lovecraft.
O texto de comando para o algoritmo é:
Escreva uma história de ficção científica no estilo de [AUTOR]. A história é sobre um alienígena que visita uma creche para aprender como os humanos nascem. À medida que o alienígena aprende sobre os humanos, ele fica cada vez mais aterrorizado com a ideia de que uma pequena coisa pode gerar uma prole capaz de destruir o universo.
As respostas foram:
O chatGPT e LLMs semelhantes são, na verdade, algoritmos de deteção de padrões. Pedir que INVENTEM algo não é tão eficiente quanto pedir que COMPLETEM um texto pela metade. No processo de escrita criativa, podemos guiar o processo do GPT completando passo-a-passo o texto com ele.
Começamos de algum lugar.
Quer dizer, em vez de mandar que escreva uma história, eu posso selecionar uma das opções iniciais ou escrever a minha. Por exemplo, meu início de história vai ser:
A história é sobre um alienígena que visita uma creche para aprender como os humanos nascem. Ela começa assim: IMAGEM INICIAL: uma luz roxa envolve um dos berços de uma maternidade lotada. o bebê em uma das caminhas se transforma lentamente em um ser verde cheio de tentáculos.
O grifo é a parte que vai se conectar com a resposta do algoritmo logo adiante. Eu escrevo a imagem inicial da história, e peço que o GPT comece daí em diante. O resultado é um pouco mais interessante.
O algoritmo me responde:
PERSONAGEM PRINCIPAL: O alienígena se chama Zorg e vem de um planeta muito distante. Ele é um ser curioso e está sempre em busca de conhecimento. Zorg é alto, tem tentáculos finos que se movem como serpentes e sua pele é verde fluorescente.
ARCO PRINCIPAL: Zorg sempre se interessou pelo planeta Terra e decidiu visitá-lo para aprender mais sobre a vida humana. Ele escolheu uma maternidade para começar sua pesquisa e acabou transformando um bebê em um alienígena igual a ele. Zorg acompanha o bebê em sua jornada de crescimento, estudando como os humanos nascem, crescem e se desenvolvem.
CLÍMAX: Durante a sua pesquisa, Zorg se apaixona pelo planeta Terra e pela humanidade. Ele começa a questionar suas crenças e valores, e percebe que a Terra é um lugar muito especial. No entanto, ele também percebe que sua presença pode ser perigosa para os humanos, e decide partir.
REVIRAVOLTA: Antes de partir, Zorg deixa uma mensagem para a humanidade, dizendo que eles são uma espécie incrível e que ele nunca esquecerá a sua experiência na Terra.
SOLUÇÃO: Zorg volta para o seu planeta com a missão de compartilhar suas descobertas com sua própria espécie. Ele espera que, um dia, os alienígenas possam visitar a Terra em paz e aprender com os humanos.
IMAGEM FINAL: Zorg olha para trás enquanto sua nave espacial decola da Terra. Ele sente saudades daquele planeta incrível, mas sabe que um dia voltará para visitá-lo novamente.
O algoritmo conseguiu unir a transformação que eu escrevi na imagem inicial em um ponto do arco principal! Eu sei que ele não é capaz de explicar essa transformação, mas a ideia em si já é melhor do que as ideias pasteurizadas que tínhamos antes. Vamos levar essa ideia adiante. Vamos ver o que acontece se, em vez de se apaixonar “pelo planeta Terra”, Zorg passa a tratar o bebê transformado como seu filho.
Escrevo, então:
A história é sobre um alienígena que visita uma creche para aprender como os humanos nascem. Ela começa assim:
IMAGEM INICIAL: uma luz roxa envolve um dos berços de uma maternidade lotada. o bebê em uma das caminhas se transforma lentamente em um ser verde cheio de tentáculos.
PERSONAGEM PRINCIPAL: O alienígena se chama Zorg e vem de um planeta muito distante. Ele é um ser curioso e está sempre em busca de conhecimento. Zorg é alto, tem tentáculos finos que se movem como serpentes e sua pele é verde fluorescente.
ARCO PRINCIPAL: Zorg sempre se interessou pelo planeta Terra e decidiu visitá-lo para aprender mais sobre a vida humana. Ele escolheu uma maternidade para começar sua pesquisa e acabou transformando um bebê em um alienígena igual a ele. Zorg acompanha o bebê em sua jornada de crescimento, estudando como os humanos nascem, crescem e se desenvolvem.
CLÍMAX: Zorg passa a se importar com o bebê como se fosse seu filho. Ele…
Deixei em suspenso a frase para servir de dica para que o algoritmo completasse exatamente a partir dali. A resposta foi:
…acompanha o crescimento do bebê e fica impressionado com as emoções humanas e a complexidade da vida na Terra. Porém, ele começa a perceber que sua presença está afetando o bebê e a vida da família dele. Zorg precisa decidir se deve continuar sua pesquisa ou se afastar e deixar a vida humana seguir seu curso natural. REVIRAVOLTA: Zorg descobre que a maternidade em que ele está não é a única na cidade e que existem outras formas de estudar a vida humana. Ele decide deixar o bebê e a família em paz e continuar sua pesquisa de uma maneira menos invasiva. SOLUÇÃO: Zorg deixa a maternidade e começa a explorar outros locais na Terra para continuar sua pesquisa. Ele aprende muito sobre a vida humana, mas decide que é hora de voltar para casa e compartilhar seus conhecimentos com seu povo. IMAGEM FINAL: Zorg está em sua nave espacial, olhando pela janela enquanto se afasta da Terra. Ele reflete sobre tudo o que aprendeu e sobre a família humana que conheceu. A última imagem é de Zorg sorrindo, feliz por ter realizado sua missão com sucesso.
Parabéns ao GPT, inclusive continuou com as reticências.
Mas essa reviravolta não foi lá grande maravilha, não é mesmo? Vamos levar o texto de volta ao algoritmo até o fim do clímax, mas deixaremos ele nos dar alternativas. Escrever é sempre um processo de iterações. Não seria diferente só porque estamos usando inteligência artificial.
O texto do prompt ficou muito grande, então eu precisei escrever apenas o arco principal e o clímax, permitindo que o algoritmo entenda como continuar, mas deixando espaço no limite de 1000 caracteres. Eu escrevi:
ARCO PRINCIPAL: Zorg sempre se interessou pelo planeta Terra e decidiu visitá-lo para aprender mais sobre a vida humana. Ele escolheu uma maternidade para começar sua pesquisa e acabou transformando um bebê em um alienígena igual a ele. Zorg acompanha o bebê em sua jornada de crescimento, estudando como os humanos nascem, crescem e se desenvolvem.
CLÍMAX: Zorg passa a se importar com o bebê como se fosse seu filho. Ele acompanha o crescimento do bebê e fica impressionado com as emoções humanas e a complexidade da vida na Terra. Porém, ele começa a perceber que sua presença está afetando o bebê e a vida da família dele. Zorg precisa decidir se deve continuar sua pesquisa ou se afastar e deixar a vida humana seguir seu curso natural.
REVIRAVOLTA:
Para escolher, dei a mesma instrução várias vezes. Eis algumas respostas:
Eu gostei da segunda reviravolta.
A ideia de que a culpa da transformação do bebê possa ser “difusa” entre o alienígena Zorg e alguma outra raça que também já esteja visitando a Terra me parece trazer um ar de suspense ou mistério. Também, traz uma ideia de que é um problema impossível de solucionar. A própria presença de Zorg poderia estar causando o problema.
Vamos repetir o processo: vou inserir clímax e reviravolta e ver quais soluções o algoritmo pode trazer.
CLÍMAX: Zorg passa a se importar com o bebê como se fosse seu filho. Ele acompanha o crescimento do bebê e fica impressionado com as emoções humanas e a complexidade da vida na Terra. Porém, ele começa a perceber que sua presença está afetando o bebê e a vida da família dele. Zorg precisa decidir se deve continuar sua pesquisa ou se afastar e deixar a vida humana seguir seu curso natural.
REVIRAVOLTA: Durante sua pesquisa, Zorg descobre que o bebê que transformou em um alienígena não é um bebê comum. Na verdade, ele é um híbrido de humano com uma espécie alienígena que já havia visitado a Terra antes. Zorg fica surpreso com essa descoberta e percebe que sua presença pode ter causado mudanças significativas na genética do bebê e em sua vida futura. Ele se sente responsável por isso e decide que precisa ajudar o bebê a lidar com sua natureza híbrida e a encontrar seu lugar no mundo.
SOLUÇÃO:
Respostas do algoritmo após usar a mesma instrução várias vezes:
Vamos ver se conseguimos entender essas alternativas como distintas:
- O alienígena fica por perto para proteger o bebê.
- O alienígena se afasta da família do bebê, mas explicar (por carta!) o que aconteceu. No entanto, pelo texto, o algoritmo dá a entender que o alienígena ainda está por perto. Ou não? Obviamente o algoritmo não está “pensando” nessa resposta, mas juntando desfechos de diversas histórias. Às vezes, elas não se encaixam mesmo. Cabe a nós compreender o erro.
- O alienígena entende que sua presença está fazendo mal ao bebê ou à Terra. Então, decide ir embora, mas não sem deixar uma forma do bebê se comunicar com o alienígena — quando crescer. A melhor parte é que o bebê cresce e decide nunca se comunicar com o alienígena.
Gostei dessa terceira. Parece trágica o suficiente para ter sido escrita por uma pessoa.
Interessante também que as alternativas 1 e 2 trouxeram já a imagem final. Isso acontece provavelmente porque o texto é curto e permite que o algoritmo continue seguindo o modelo inicial de roteiro. A alternativa 3 ficou longa e não permite que o algoritmo “pense” em uma imagem final, pois já ter informações demais para decodificar.
Então, enfim, a imagem final. Dou ao algoritmo a solução e espero que ele consiga uma imagem final. As respostas foram:
SOLUÇÃO: Zorg decide que deve ajudar o bebê a compreender sua natureza híbrida e a encontrar seu lugar no mundo, mas também reconhece que sua presença na Terra pode continuar a ter consequências imprevisíveis para a vida do bebê e para a sociedade humana. Ele, portanto, decide deixar a Terra e voltar para seu planeta natal, levando consigo o conhecimento que adquiriu durante sua pesquisa sobre a vida humana. Antes de partir, ele deixa um dispositivo de comunicação com o bebê para que possam manter contato, mas só se o bebê desejar. Zorg promete que estará sempre disponível para ajudar o bebê se precisar, mas respeitará sua escolha de seguir seu próprio caminho na Terra. O bebê cresce com a ajuda de sua família humana e eventualmente se torna um adulto que aprende a lidar com sua natureza híbrida de maneira saudável e positiva. Ele decide não entrar em contato com Zorg, mas sempre guarda em seu coração a lembrança do ser alienígena que o ajudou a entender sua própria identidade e lugar no mundo. IMAGEM FINAL:
As alternativas 1 e 2 parecem se manter fiéis à opção de não entrar em contato com o alienígena. A alternativa 2 parece mais coesa, ao deixar clara a opção de não entrar em contato, enquanto a alternativa 1 parece que talvez um dia quando crescer pode ser que eles entrem em contato. Eu preciso a alternativa 2.
A alternativa 3 é mais abstrata, pode até ser igual à primeira ou à segunda, mas não conclui a história. E a alternativa 4 possui a incoerência de apresentar o híbrido tanto enquanto bebê como enquanto adulto, e na ordem errada. Então, fico com a segunda imagem final.
Como ficou a história?
A história é sobre um alienígena que visita uma creche para aprender como os humanos nascem. Ela começa assim:
IMAGEM INICIAL: uma luz roxa envolve um dos berços de uma maternidade lotada. o bebê em uma das caminhas se transforma lentamente em um ser verde cheio de tentáculos.
PERSONAGEM PRINCIPAL: O alienígena se chama Zorg e vem de um planeta muito distante. Ele é um ser curioso e está sempre em busca de conhecimento. Zorg é alto, tem tentáculos finos que se movem como serpentes e sua pele é verde fluorescente.
ARCO PRINCIPAL: Zorg sempre se interessou pelo planeta Terra e decidiu visitá-lo para aprender mais sobre a vida humana. Ele escolheu uma maternidade para começar sua pesquisa e acabou transformando um bebê em um alienígena igual a ele. Zorg acompanha o bebê em sua jornada de crescimento, estudando como os humanos nascem, crescem e se desenvolvem.
CLÍMAX: Zorg passa a se importar com o bebê como se fosse seu filho. Ele acompanha o crescimento do bebê e fica impressionado com as emoções humanas e a complexidade da vida na Terra. Porém, ele começa a perceber que sua presença está afetando o bebê e a vida da família dele. Zorg precisa decidir se deve continuar sua pesquisa ou se afastar e deixar a vida humana seguir seu curso natural.
REVIRAVOLTA: Durante sua pesquisa, Zorg descobre que o bebê que transformou em um alienígena não é um bebê comum. Na verdade, ele é um híbrido de humano com uma espécie alienígena que já havia visitado a Terra antes. Zorg fica surpreso com essa descoberta e percebe que sua presença pode ter causado mudanças significativas na genética do bebê e em sua vida futura. Ele se sente responsável por isso e decide que precisa ajudar o bebê a lidar com sua natureza híbrida e a encontrar seu lugar no mundo.
SOLUÇÃO: Zorg decide que deve ajudar o bebê a compreender sua natureza híbrida e a encontrar seu lugar no mundo, mas também reconhece que sua presença na Terra pode continuar a ter consequências imprevisíveis para a vida do bebê e para a sociedade humana. Ele, portanto, decide deixar a Terra e voltar para seu planeta natal, levando consigo o conhecimento que adquiriu durante sua pesquisa sobre a vida humana. Antes de partir, ele deixa um dispositivo de comunicação com o bebê para que possam manter contato, mas só se o bebê desejar. Zorg promete que estará sempre disponível para ajudar o bebê se precisar, mas respeitará sua escolha de seguir seu próprio caminho na Terra. O bebê cresce com a ajuda de sua família humana e eventualmente se torna um adulto que aprende a lidar com sua natureza híbrida de maneira saudável e positiva. Ele decide não entrar em contato com Zorg, mas sempre guarda em seu coração a lembrança do ser alienígena que o ajudou a entender sua própria identidade e lugar no mundo.
IMAGEM FINAL: A imagem final mostra o bebê híbrido agora crescido, em pé em um campo aberto, olhando para o céu estrelado à noite. Ele tem um sorriso suave no rosto e parece em paz consigo mesmo. Ao seu lado, há uma pequena figura espectral de Zorg, invisível para todos, exceto para o bebê. O dispositivo de comunicação brilha em sua mão, mas ele optou por não usá-lo. Ele sabe que pode contar com a ajuda de Zorg se precisar, mas por enquanto, ele está feliz em continuar sua jornada na Terra como um ser humano híbrido único e especial. A imagem final transmite uma sensação de mistério, maravilha e esperança em um futuro incerto, mas cheio de possibilidades.